Com as leituras dos textos deste semestre sobre o EJA, Letramento, filmes,
pesquisa, saída de campo, discussões nos fóruns, pelos colegas refleti sobre a
atuação do professor. A valorização da cultura destes alunos deve ser o ponto
central do trabalho a ser desenvolvido com os mesmos, pois a sua experiência
torna-se de grande valor de proporcionar a aprendizagem, já que se estará
trabalhando assuntos do seu dia-a-dia, vivência e realidade. Quanto maior a
experiência e o domínio da leitura e da escrita por uma pessoa, maiores serão
seus recursos para criar novos pensamentos e ações, também mais amplos e
profundos serão as construções de sentido da escrita e de seus usos.
O professor deve ir buscando com muita responsabilidade, questionando,
respeitando o limite do aluno, e através do conhecimento da realidade (do
aluno), inserindo novos conceitos, valorizando sua potencialidade. O professor
da EJA deve ensinar de maneira diferente como se ensina a criança: com
conversas orientadas e dialogadas, proporcionando aos alunos espaço para
que eles se expressem, para que participem como cidadãos, e liberdade para
que eles criem e desenvolvam o raciocínio, formando e atualizando seus
conceitos.
Paulo Freire (2001, p. 11; p. 21), a esse respeito, assim se pronuncia, na importância do ato de ler :
“A compreensão crítica do ato de ler [...] não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas [...] se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente.
[...] a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo mas por uma certa forma de ‘escrevê-lo’ ou de ‘reescrevê-lo’, quer dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente “